Revolver, 2014-2017
Em tempos sombrios com o enaltecimento de gestos com as mãos fazendo “arminha”, em Revolver está em jogo a anulação desses gestos; de apologia à violência, de incentivo à posse de armas de fogo, desarmar o gesto, desarmar a palavra “revólver”, supressão de seu acento agudo, aqui, sem munição, desarmamento interior e exterior, seu revolvimento: revolver a munição, revolver o acento, revolver a palavra, revolver o gesto, revolver a terra. Sobre o trabalho Revolver, segundo Lívia Benedetti: “aqui, a palavra ‘revolver’, além de arma de fogo, também sugere voltar, retroceder”.
Thiago Honório, setembro de 2021
Ficha técnica
Revolver, 2014-2017
8 carcaças de revólveres dos séculos XIX, XX e XXI, soldadas a um tubo de aço ajustado entre o teto e o piso do espaço expositivo
foto: Edouard Fraipont
Exposições
A máquina lírica, Luisa Strina, 2021
Frestas Trienal 2017, Sesc Sorocaba, 2017
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by estúdio garoa